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  • carolpanesi

Letra de Lúcia Helena Galvão


Senhor, concedei-me a Poesia...

Sem ela, as cores se afastam,

e a vida que resta é tão fria...

E o coração já duvida,

e o tempo é convertido em nada,

e a alma se cala, sombria,

e o fio se perde, na espada.


Senhor, concedei-me a calma

por trás do vibrar da matéria.

Ensinai, Senhor, como a Alma

destoa ao pulsar da artéria,

mas toma, no ar, vosso pulso,

vê vossas pegadas, no espaço,

estáveis, ainda que etéreas.


Senhor, concedei-me a confiança

que alenta os que marcham sem medo.

Que os sonhos nos soprem segredos

e as dores despertem lembranças.

Que as ânsias por perdas ou ganhos,

estranhos a quem nada espera,

não expulsem as reais Esperanças.


Senhor, concedei-me a graça

de nada pedir, só a entrega

do Sonho, que à terra se nega,

do Amor, que a terra ultrapassa,

da Alma, que, da vossa, é parte.

Da voz, que espera ser ponte,

à Voz, que se expressa na Arte.





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  • carolpanesi

Dor de amor... deve curar com Música!

E Música é o dom que Deus nos deu.

Porque ela tudo salva!

Mesmo a alma de quem um amor perdeu.


Sara, oh musa de inspiração,

o arrependido coração, ferido, só, a sentir dor.

A compor uma canção confusa,

a esquecer um falso amor.



Triste o coração de uma mulher

Que sabe que pra ser feliz

Deve esperar a dor

Nele brotar uma cicatriz

Que marca todo coração aprendiz de amor.


Chora arrependido o coração

Sem conseguir se perdoar!

Pudesse ele voltar atrás...

E livre cantar feito um rouxinol.

Se eu bem que te vi

Por que você tão mal me quis?


E ela fica então a esperar...

Vivendo a vida por um triz,

Pedindo o tempo pra passar.

Cansada dessa vida de atriz

A se iludir, a esconder

A falta que me faz você.


set/2010



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  • carolpanesi

Houve o dia em que o tempo parou

Pra ouvir uma história de amor.

Que o vento levou bem longe pelo ar.

Ai canta passarinho, cantarola pro meu bem.

Conjuga o verbo amar sem o pronome que é meu.


Voa leve vento e leva embora, a velha vida sem demora, voa amando...


Nesse dia o amante entendeu.

O que o pássaro cigano lhe contou.

São asas pra voar, e o amor tem um par.

Ai voa passarinho, vai o meu amor buscar.

As horas que eu conto não demoram a passar.


Canta tempo, conta a velha história, da Liberdade Senhora vou a mando, amando mais.


Março/2010




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